A avicultura no Ceará, tem um marco histórico referencial: antes e depois da Associação Cearense de Avicultura

Na década de 40, há registros de que Ruy de Morais Ataíde criava galinhas na cidade de Granja. 

Em 1950, o industrial e fazendeiro José Dias de Macedo, também mantinha uma criação na Fazenda Coité, em Caucaia.

Já nos idos de 1957, Antonio Edmilson Lima, começa sua atividade avícola, com uma pequena criação em Messejana.

O desenvolvimento dessa atividade, resultou na implantação da Granja Regina em 1965

Voltada para a venda de ovos e frangos, a Granja Regina também comercializava pintos de um dia adquiridos das granjas Branca e Guanabara, ambas situadas no Rio de Janeiro.

É o início da fase semi-industrial na avicultura cearense.

A avicultura do Ceará marca o início de sua fase industrial em 25 de maio de 1962 quando, liderados por Antonio Edmilson Lima, um grupo de produtores funda a Associação Cearense de Avicultura, inicialmente designada como ACA.

Foram integrantes desse grupo : Wilson Gomes de Carvalho, José Wilson Morais, Guilherme Colares, José Barreto Parente, Aldir Farias Peixoto, Edilberto Euclides Araújo, Alípio Viana dos Santos,  José Domingues Moura e Cel. Jaime Bessa de Queiroz. 

Edmilson Lima, foi eleito por aclamação como o primeiro presidente da  Associação Cearense de Avicultura. Em 1966, ainda na gestão de Edmilson Lima, a sigla da associação foi modificada, passando de ACA para ACEAV, como é conhecida até hoje.

Wilson Gomes de Carvalho sucedeu Edmilson Lima.  Em sua breve gestão criou o Clube do Galo Cearense.

O tradicional Jantar do Clube do Galo Cearense, que inicialmente tinha periodicidade mensal, reúne avicultores, parceiros, fornecedores e amigos do setor para um momento anual de congraçamento.

Jório Almir da Escóssia assume a presidência da ACEAV em 1967. Na sua administração a ACEAV foi considerada de utilidade pública.

No final de 1967, Roberto Soares Pessoa,é eleito para o seu primeiro mandato à frente da ACEAV. Destacando-se como liderança do setor, Roberto Pessoa imprime à ACEAV um forte papel institucional.

Na gestão de Roberto Pessoa, a ACEAV realiza o Festival do Frango e do Ovo com o intuito de estimular o consumo entre a população, e também são criadas as Bolsa do Ovo e do Frango, espaço para os produtores discutirem assuntos do mercado.

Em 1977, realiza-se em Fortaleza o V Congresso Brasileiro de Avicultura, projetando a avicultura cearense e a ACEAV no cenário avícola nacional.

Nos anos 1970, a ACEAV atua, para favorecer o abastecimento de insumos, coordenando ações para que cerca de 98% do milho vendido na Bolsa de Cereais de São Paulo seja arrematado pelos avicultores cearenses, via CFP (Companhia de Financiamento da Produção).

Em 1978, Antônio Cleber Uchoa Cunha sucede a Roberto Pessoa e, em 1982, a ACEAV ganha sua sede própria, onde permanece até os dias atuais.

O foco continua a ser o abastecimento de insumos. A ACEAV atua junto ao Governo Federal para a promoção de leilões de milho na Bolsa de Mercadorias e remoção de estoques de milho para o Nordeste atendendo à demanda do parque avícola de nossa região.

Durante a gestão de Cléber Cunha, o setor passa a ter a sistematização frequente de dados estatísticos de produção possibilitando informações estratégicas aos associados.

Na gestão de Antônio Edmilson Lima Jr o associativismo é fortalecido, o setor enfrenta as primeiras discussões sobre a tributação dos seus produtos e se estrutura para a profissionalização da importação de milho.

Em 1993 a Cia. Docas do Ceará concede à ACEAV o título de "Maior Importador de Granéis Sólidos do Estado”.

Carlos Matos Lima assume a presidência da ACEAV em 1995. Um novo modelo de abastecimento de milho é implantado: Leilões de estoques do Governo baseados na paridade de importação para viabilizar a fronteira agrícola do Centro-Oeste.

Em 1997, sob a gestão de Carlos Matos, surge a iniciativa do Projeto Milhão, uma articulação institucional que objetivou incrementar, através do uso de alta tecnologia, a produção de milho no Ceará.

O projeto envolveu dez empresas avícolas, lideradas pela Aceav, que plantaram 550 ha de milho na Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte, num consórcio com as Cooperativas de Colonos e Irrigantes do Projeto Apodi.

Com produtividade média de 6.700 Kg/ha, quase o triplo da registrada na região e sete vezes a média obtida no Estado. O experimento foi tecnicamente conduzido por uma empresa de consultoria especializada em plantio de grãos na região de Barreiras (sul da Bahia).

Carlos Matos realizou o Planejamento Estratégico do Setor, chamado de AVICULTURA 2020, onde os avicultores cearenses definiram prioridades e estratégias de ação agrupadas em eixos temáticos com abordagem de futuro.

Sob a gestão de Edgar Belchior Ximenes Jr. aconteceu a retomada das importações, quando a ACEAV atuou na organização do pool, trazendo mais de 300.000 toneladas de milho importado da Argentina.

Na busca de alternativas de abastecimento, Edgar Ximenes liderou um grupo de avicultores associados à ACEAV para conhecer as regiões produtoras do Maranhão e Piauí, além de retomar as iniciativas de estímulo da produção de milho no sul do Ceará.

De 2001 a 2007 José Alberto Costa Bessa Jr. assume a presidência da ACEAV ainda sob o foco do fornecimento de milho e busca de insumos alternativos. Implementou o Projeto Sorgo, de incentivo à produção deste grão em diversos municípios.

Também sob a gestão de Bessa Jr., a ACEAV implementou iniciativas para incentivo ao consumo do OVO como produto de alto valor nutritivo.

Esse projeto, que contou com campanhas de mídia e premiações, material institucional, jingles, cartilhas e outros recursos recebeu dois  prêmios “Ovo de Ouro” concedidos pelo ILH-Instituto Latino Americano do Ovo.

A partir de 2007, com a eleição de João Jorge Reis, o foco de ações da ACEAV passou a ser a implantação do PNSA-Plano Nacional de Sanidade Avícola que exigiu um esforço de todo o setor para se adequar às novas exigências sanitárias. É implantado o CESA-Conselho Estadual de Sanidade Avícola

Na gestão de João Jorge, a ACEAV mantém seu papel de representatividade institucional do setor, construído ao longo de sua existência,  atendendo às demandas de seus associados no enfrentamento das mais variadas questões, tais como de ordem sanitária, readequação às exigências de consumo, nova realidade das relações trabalhistas, atuação junto ao governo nas questões tributárias e no gerenciamento das soluções de abastecimento via importação, quando necessárias.

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